Pedro Afonso Gomes comenta liquidação extrajudicial do Banco Master
Conselheiro federal falou ao jornal Correio Braziliense e destacou a dimensão inédita da fraude financeira e os impactos para os consumidores
O conselheiro federal Pedro Afonso Gomes falou ao jornal Correio Braziliense sobre a liquidação extrajudicial do Banco Master. A medida foi decretada pelo Banco Central do Brasil (BCB) nesta terça-feira (18) um dia depois de ser anunciado o interesse de compra pelo Grupo Fictor.
O conselheiro federal afirmou ao Correio que “tendo em vista os valores envolvidos, nunca houve desvios dessa natureza, nessa dimensão, do ponto de vista de fraude financeira, ou seja, dentro do âmbito do sistema financeiro”. Ele disse também que o BCB deverá aperfeiçoar os mecanismos de fiscalização do sistema bancário.
O economista lembra também que a liquidação do Master deverá custar caro para os consumidores, porque os bancos são obrigados a depositar recursos no Fundo Garantidor de Crédito, uma espécie de seguro do sistema financeiro nacional, e deverão repassar o custo aos tomadores de crédito. “Os bancos já embutem nas taxas de administração de empréstimos. Logo, o custo para o consumidor deve aumentar”, comentou Gomes.
O BCB informou que a decisão de decretar a liquidação extrajudicial foi motivada “pela grave crise de liquidez do Conglomerado Master e pelo comprometimento significativo da sua situação econômico-financeira, bem como por graves violações às normas que regem a atividade das instituições integrantes do SFN”. O presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, e outros executivos da instituição foram presos no contexto da operação Compliance Zero, da Polícia Federal.
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