Planejar para saber onde vai chegar
Artigo do presidente do Corecon-AL, Marcos Calheiros, publicado originalmente no jornal Tribuna Independente
O mundo em que vivemos está em constante movimento. A globalização e os avanços tecnológicos mudaram radicalmente a forma como as empresas se relacionam com o mercado, com seus colaboradores e até mesmo com os clientes.
O que antes parecia estável hoje é marcado pela instabilidade, pela imprevisibilidade e pela necessidade de adaptação.
Nesse cenário, ter um planejamento estratégico deixou de ser um diferencial para se tornar uma condição de sobrevivência.
Planejar é, antes de tudo, entender o presente para projetar o futuro. É olhar para dentro da organização, identificando forças e fragilidades, e para fora, avaliando oportunidades e riscos que não estão sob o nosso controle.
Um bom planejamento é capaz de orientar a empresa em meio às incertezas, mostrando o caminho mais seguro a seguir.
Mas é importante lembrar que um plano, por melhor que seja, não tem valor se não for colocado em prática. E para isso, é essencial o engajamento de todos, desde os gestores até os colaboradores da base.
Cada pessoa precisa se sentir parte do processo para que os objetivos sejam alcançados.
Outro ponto fundamental é que não existe um modelo pronto. Cada empresa deve construir seu próprio planejamento, levando em consideração sua cultura, sua realidade e seus desafios.
Copiar estratégias de outras organizações pode parecer tentador, mas na maioria das vezes resulta em frustração, justamente porque cada negócio é único.
O risco de não planejar é grande: empresas que ignoram esse processo podem rapidamente se tornar obsoletas, perdendo espaço no mercado.
Afinal, a concorrência é dinâmica, e quem não se adapta acaba ficando para trás. A chave está em ser inovador, flexível e aberto a mudanças, sempre revisando e atualizando o plano de acordo com as transformações do ambiente.
Vale destacar que o planejamento estratégico deve ser visto como um processo contínuo de longo prazo, mas com resultados que vão aparecendo ao longo do caminho.
Ele precisa ser lógico, estruturado e, ao mesmo tempo, capaz de responder de forma criativa às demandas que surgem.
Mais do que eficiência e eficácia, é necessário garantir efetividade: ou seja, que os objetivos traçados realmente tragam benefícios concretos.
Além de guiar a empresa em sua relação com o mercado, o planejamento também deve estar atento às expectativas de todos os envolvidos: clientes, fornecedores, parceiros e colaboradores.
Quando feito com seriedade, ele não apenas organiza recursos, mas também cria condições para transformar ameaças em oportunidades, fortalecendo a posição da empresa e assegurando seu crescimento sustentável.
Planejar, portanto, não é apenas desenhar metas no papel. É preparar a empresa para o futuro com consciência, responsabilidade e visão humana.
É construir hoje o caminho que permitirá colher bons resultados amanhã, mesmo em um mundo em constante mudança.