Piscitelli critica taxa de juros real praticada no Brasil: “É insustentável”
Integrante da Comissão de Política Econômica do Cofecon falou ao portal e|investidor e disse que, quem quer que seja o presidente eleito em 2026, precisará enfrentar a situação
A taxa de juros de 15% ao ano tem provocado uma situação pouco comum: as Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-Bs, títulos da dívida pública anteriormente chamados de IPCA+) estão pagando uma taxa de juros de aproximadamente 7,5 pontos percentuais acima da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo.
O portal e|investidor, do Estadão, ouviu vários especialistas – entre eles, o economista Roberto Piscitelli, integrante da Comissão de Política Econômica do Cofecon. Ele apontou que a taxa de juros real do Brasil está entre as mais altas do mundo, inibindo investimento produtivo e drenando recursos do orçamento público. “É insustentável, e quem quer que seja o novo presidente em 2026 vai ter que enfrentar isso”, afirmou Piscitelli.
O texto publicado ressalta que uma remuneração superior a 7 pontos percentuais acima da inflação para títulos NTN-B é algo que ocorreu apenas durante 12,51% do tempo (para títulos com vencimento em 2035), segundo dados da Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima). A matéria pode ser lida clicando AQUI.