Tania Teixeira: “Resposta brasileira deve ter firmeza e serenidade” 

Matéria publicada pelo Jornal GGN contendo reações às tarifas de Trump trouxe falas da presidenta do Cofecon e do presidente do Corecon-SP 

A presidenta do Cofecon, Tania Cristina Teixeira, foi ouvida pelo Jornal GGN sobre a tarifa de 50% para as exportações brasileiras anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prevista para entrar em vigor a partir de 1º de agosto. Ela apontou que o anúncio não é apenas comercial e que o alegado déficit comercial norte-americano com o Brasil não encontra respaldo na realidade. A matéria publicada pelo portal pode ser lida clicando AQUI

O portal destacou que, para a presidenta do Cofecon, a tarifação anunciada por Trump não é apenas um ataque comercial, como também abre precedente político. “Do ponto de vista econômico, uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras tem potencial para atingir diretamente vários setores produtivos nacionais, prejudicando empresas e empregos”, afirmou Tania Teixeira. 

Ela também trouxe dados do próprio governo norte-americano que vão contra os “déficits comerciais insustentáveis” citados por Trump: no comércio com os Estados Unidos, o Brasil teve um déficit de US& 7 bilhões em 2024 em bens – e, se contados bens e serviços, a conta de 2024 chega a um déficit de US$ 28,6 bilhões, o que representa o terceiro maior superávit comercial dos Estados Unidos no mundo.  

“É fundamental que a resposta da sociedade e das instituições brasileiras tenha, ao mesmo tempo, firmeza e serenidade. Precisamos ampliar nossa integração com outros blocos e fortalecer o comércio Sul-Sul”, completou a presidenta. “O Cofecon defende uma política econômica soberana, voltada ao desenvolvimento e à justiça social, não submetida a pressões externas e interesses alheios ao nosso projeto de país”. 

Corecon-SP 

O portal também publicou a manifestação do presidente do Corecon-SP, Odilon Guedes. “Ele (Trump) desconsidera que, na relação comercial entre o Brasil e os EUA, há superávit para o país norte-americano, considerando o volume de exportações e importações entre os dois países”, afirmou o economista em nota. “Soberania não se negocia em hipótese alguma e é essencial preservar a dignidade e autonomia do Brasil ante qualquer tipo de tentativa de intervenção e interferência externa”, ressalta. 

Guedes também defendeu a independência dos poderes no Brasil: “O processo judicial em questão está sob a responsabilidade do Supremo Tribunal Federal, e não do Poder Executivo. Portanto, a nota do Presidente americano demonstra uma visão totalmente equivocada”. 

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