Tania Teixeira critica tarifas de Trump: “Extrapolam limites das boas práticas diplomáticas e comerciais” 

Presidenta do Cofecon falou ao jornal O Tempo sobre o anúncio realizado nesta quarta-feira (09). Tarifas de 50% para exportações brasileiras entrarão em vigor no dia 1º de agosto 

A presidenta do Cofecon, Econ. Tania Cristina Teixeira, falou nesta quarta-feira (09) ao jornal O Tempo sobre a tarifa de 50% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para as importações brasileiras. A alíquota foi a mais alta entre as anunciadas nesta semana e passa a vigorar a partir de 1º de agosto de 2025. 

“Essa medida anunciada pelo presidente Trump, além de ser um ataque comercial, abre um grave precedente político. Ao atrelar uma sanção tarifária a um processo judicial interno, os Estados Unidos extrapolam os limites das boas práticas diplomáticas e comerciais”, apontou a presidenta do Cofecon. Ela afirmou também que o Brasil não pode se submeter “a pressões externas e interesses alheios ao nosso projeto de país”. 

O comunicado de Trump mencionou que as tarifas “são necessárias para corrigir os muitos anos de tarifas e barreiras tarifárias e não tarifárias do Brasil, que causaram déficits comerciais insustentáveis contra os Estados Unidos” – algo que não encontra respaldo nos números da balança comercial. 

“Segundo dados do próprio governo norte-americano, no comércio com os Estados Unidos, o Brasil teve um déficit de 7 bilhões de dólares em 2024 em bens – e, se contados bens e serviços, a conta de 2024 chega a um déficit de 28,6 bilhões de dólares, o que representa o terceiro maior superávit comercial dos Estados Unidos no mundo”, prosseguiu Tania Teixeira. “Já em 2025, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o Brasil teve saldo negativo de 650 bilhões no primeiro trimestre do ano”. 

A matéria publicada pelo jornal O Tempo pode ser acessada clicando AQUI.

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