Vem aí o III Seminário Nacional da Mulher Economista e Diversidade
Evento acontecerá em Salvador e terá debates sobre impactos da violência no PIB, empreendedorismo feminino e o movimento das mulheres economistas no Brasil
Nos dias 04 e 05 de setembro Salvador será o palco de um debate nacional que une economia, equidade e transformação social. O auditório do Sebrae receberá o III Seminário Nacional da Mulher Economista e Diversidade, que terá como tema “Violência de Gênero e Economia: Impactos e Saídas Possíveis pelas Vias da Empregabilidade e do Empreendedorismo”. Inscreva-se gratuitamente AQUI.
Dados alarmantes embasam a escolha do tema central. Entre 2012 e 2022, mais de 48 mil mulheres foram assassinadas no Brasil — apenas em 2022 foram 3.806 vítimas. Para além da tragédia humana, os impactos econômicos também são bastante significativos: segundo estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas gerais (FIEMG), a violência contra a mulher custou ao país cerca de R$ 214 bilhões em uma década. Em cenários mais graves, esse valor pode superar os R$ 300 bilhões, com perda calculada em até 2,8 milhões de empregos. Essas informações evidenciam os custos diretos e indiretos da violência (como despesas em saúde, segurança, perdas de produtividade e desestímulo ao investimento).
A abertura contará com a presença da presidenta do Cofecon, Tania Cristina Teixeira; da coordenadora da Comissão Mulher Economista e Diversidade, Teresinha de Jesus Ferreira da Silva; da presidenta do Corecon-BA, Isabel Ribeiro; além de autoridades federais, estaduais e municipais ligadas às políticas para as mulheres.
O seminário amplia em 2025 seu público-alvo: além das mulheres economistas, pretende atrair homens, pessoas LGBTQIAPN+ e coletivos diversos. A proposta é aprofundar o debate sobre como a violência de gênero repercute nas dinâmicas econômicas, na produtividade e no desenvolvimento social, explorando também caminhos possíveis de enfrentamento e superação por meio da inclusão produtiva.
Programação
A palestra magna acontecerá no dia 04 de setembro, às 18:30, e terá como tema violência de gênero e os impactos na economia, propondo um olhar atento às consequências econômicas da violência, que vão desde a redução da produtividade e da renda das famílias até o aumento dos gastos públicos com saúde, segurança e assistência social.
Na programação do dia 5, o painel “Violência de gênero e o PIB” vai discutir como a desigualdade e as múltiplas formas de violência afetam o crescimento econômico, a produtividade e a geração de riqueza do país, evidenciando que o enfrentamento à violência também é uma agenda de desenvolvimento.
Já o painel “Violência de Gênero e o Mercado de Trabalho” aprofundará o debate sobre como as várias formas de agressão afetam diretamente a trajetória profissional das mulheres, provocando afastamentos, queda de produtividade, rotatividade e dificuldade de inserção ou permanência no emprego.
No período da tarde as discussões terão início com o painel “Violência de Gênero, assédio moral e os impactos na vida acadêmica”. O debate abrange também formas mais sutis, mas igualmente danosas, de violência, que prejudicam o desempenho e causando adoecimento psicológico.
O painel “Violência de Gênero à Luz da Economia Feminista” propõe uma análise crítica das estruturas que perpetuam desigualdades de gênero e sustentam formas diversas de violência contra as mulheres. A discussão abordará o trabalho reprodutivo não remunerado, a precarização das relações de trabalho e a ausência de políticas públicas efetivas que contribuam para diminuir a vulnerabilidade econômica das mulheres. O painel busca ampliar o entendimento sobre a violência de gênero não apenas como um problema individual, mas como resultado de um sistema econômico que precisa ser transformado.
O painel “Violência de Gênero, e o empreendedorismo como alternativa para o empoderamento da mulher” trará reflexões sobre como o empreendedorismo pode se constituir em uma estratégia de superação da violência e fortalecimento da autonomia econômica das mulheres. Em contextos marcados por vulnerabilidade social e dependência financeira, empreender pode representar uma alternativa concreta para reconstruir trajetórias, conquistar independência e acessar redes de apoio. Mas esta situação também traz seus desafios:
O último painel do evento terá como tema o movimento das mulheres economistas no Brasil, destacando conquistas na busca pela igualdade de oportunidades dentro da própria profissão. O momento também permite valorizar a atuação de mulheres que, ao longo de décadas, contribuíram para ampliar a presença feminina nos espaços de decisão, na produção do conhecimento e nas políticas públicas.
Serviço:
III Seminário da Mulher Economista e Diversidade
Tema: “Violência de Gênero e Economia: Impactos e Saídas Possíveis pelas Vias da Empregabilidade e do Empreendedorismo”
Quando: 04 e 05 de setembro
Onde: Auditório do Sebrae Bahia (Rua Arthur de Azevêdo Machado, 1225, Costa Azul, Salvador)
Inscrições: http://bit.ly/44keSRk