Denise Kassama analisa tarifaço de Trump e oportunidades para o Polo Industrial de Manaus
Tarifas de até 50% para países do sudeste asiático podem abrir mercado para a exportação de motocicletas
O tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi tema de uma matéria publicado pelo portal Em Tempo, com participação da conselheira federal Denise Kassama. O texto discute os impactos da medida sobre o Polo Industrial de Manaus (PIM). Para a economista, a medida pode representar uma oportunidade estratégica para a indústria brasileira.
“O Brasil está na menor faixa do tarifaço anunciado, que é de 10%, ao lado de países como a Argentina. Quem está no topo da lista são países como Camboja, Laos e Vietnã, que são grandes produtores de motocicletas. A tarifa, que pode chegar a 50%, torna praticamente inviável que estes países vendam seus produtos nos Estados Unidos”, observou a conselheira.
Ela observa que o PIM (que tem uma produção de motocicletas estimada em 1,8 milhão de unidades para 2025) pode conquistar espaço no mercado internacional a partir desta lacuna, além de se beneficiar de potenciais boicotes que os países afetados pelas tarifas podem impor contra produtos norte-americanos.
“O Polo Industrial de Manaus não está tão longe dos Estados Unidos e tem uma tarifa de apenas 10%, o que pode significar uma oportunidade para que estas motocicletas atinjam um mercado no qual hoje elas não competem”, pontua Kassama. “Boa parte dos países atingidos estão ameaçando também boicotar os produtos americanos, o que também significa a possibilidade de abertura de novos mercados para o PIM”.
Ainda assim, Denise reforça que é preciso manter os pés no chão e observar com atenção os desdobramentos da medida, especialmente diante da imprevisibilidade do governo norte-americano e dos possíveis efeitos internos nos EUA.
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