IBC-Br tem alta de 0,4% em agosto 

Para a presidenta do Cofecon, Tania Cristina Teixeira, número precisa ser olhado com cautela, porque o Brasil ainda tem uma taxa de juros reais entre as mais altas do mundo 

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou no mês de agosto uma alta de 0,4% na comparação com o mês anterior. O resultado foi puxado pela indústria, que teve alta de 0,8%. O setor de serviços subiu 0,2%, enquanto a agropecuária teve queda de 1,9%. 

A alta registrada em agosto é a primeira após três meses de queda: -0,72% em maio, -0,06% em junho e -0,50% em julho. Na parcial do ano, até agosto, a alta é de 2,6%; já a alta de 12 meses é de 3,2%. 

“O resultado de agosto aponta para uma reação moderada da economia brasileira após três meses consecutivos de queda. Precisamos olhar para este número com cautela, porque a economia brasileira continua operando sob condições financeiras muito restritivas”, comentou a presidenta do Cofecon, Tania Cristina Teixeira. “Temos uma taxa de juros reais entre as mais altas do mundo, o que encarece o crédito e desestimula investimentos produtivos”. 

“O resultado do IBC-Br mostra que há potencial de crescimento, mas ele só será efetivo se houver coordenação macroeconômica e visão estratégica de desenvolvimento. Precisamos de políticas que combinem estabilidade, investimento produtivo e inclusão social”, argumentou Tania Teixeira. 

O IBC-Br, divulgado mensalmente pelo Banco Central, é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado trimestralmente pelo Banco Central e usado como referência para medir o crescimento econômico. Neste ano, o Brasil apresentou uma alta do PIB de 1,4% no primeiro trimestre do ano e 0,4% no segundo – com um acumulado em 12 meses de 3,2%. A próxima divulgação, correspondente ao terceiro trimestre do ano, está prevista para o dia 04 de dezembro. 

A edição mais recente do Relatório Focus (pesquisa de mercado divulgada semanalmente pelo BC) traz uma expectativa de mercado de 2,16% para o crescimento do PIB brasileiro em 2024.  

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