XXVI CBE: Fórum de Perícia discute oportunidades de atuação

Painel destaca o crescimento do mercado para economistas peritos e a importância da credibilidade e imparcialidade na área

O exercício da perícia econômico-financeira vem ganhando cada vez mais relevância no cenário jurídico e no mercado de trabalho, abrindo novas possibilidades de atuação para economistas em processos judiciais e extrajudiciais. Esse foi o foco do painel “O Mercado de Trabalho do Economista Perito”, que reuniu os especialistas Margareth Bellinazo e Luis Adelar Ferreira. Os participantes destacaram que a perícia exige sólida formação técnica, responsabilidade ética e constante atualização, sendo uma área promissora — mas que só se sustenta com credibilidade profissional.

A economista Margareth Bellinazo, que atua como assistente técnica, destacou que a perícia econômica é um trabalho que exige rigor e atualização constante. “O assistente técnico é o economista que presta consultoria especializada a advogados e clientes, ajudando a traduzir dados e informações de forma precisa e compreensível para o juiz. É um trabalho de bastidor, mas que exige muito preparo”, explicou. Segundo ela, o domínio técnico e a qualidade das análises são determinantes para consolidar a credibilidade do profissional. “A qualidade do trabalho é o que constrói a credibilidade do profissional. Sem isso, o mercado não se sustenta”, reforçou.

Já Luis Adelar Ferreira, que atua como perito do juiz, lembrou que a imparcialidade é o elemento central da função. “O perito do juiz é o profissional de confiança do magistrado, responsável por analisar as provas técnicas e traduzir o conteúdo econômico com clareza e imparcialidade. O economista que assume essa função precisa compreender que seu trabalho pode ser determinante para a decisão judicial”, observou. Ele destacou ainda que “não basta dominar cálculos ou planilhas. O juiz precisa confiar que o economista está apresentando a verdade dos fatos, dentro da técnica e da ética”.

XXVI Congresso Brasileiro de Economia 

O Congresso Brasileiro de Economia ocorreu de 06 a 10 de outubro no Plaza São Rafael Hotel, em Porto Alegre, com o tema “Desenvolvimento Sustentável: Reconstrução, Desafios e Oportunidades”. O evento reuniu cerca de 50 especialistas e 500 participantes (online e presencial) em torno de grandes temas que impactam o futuro do país, como reforma tributária, mudanças climáticas, comércio internacional, agronegócio, desigualdades regionais, inovação, economia comportamental, educação financeira e o papel do Estado na neoindustrialização. A promoção foi do Cofecon, em parceria com o Corecon/RS. 

O evento contou com o patrocínio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Vero/Banrisul, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Monte Bravo Investimentos, Conselhos Regionais de Economia de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná e Rio de Janeiro. 

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