Câmara Legislativa do Distrito Federal realizou sessão em homenagem ao Dia do Economista
Evento contou com a participação das presidentas do Cofecon e Corecon-DF e exaltou a relevância da profissão para a sociedade
A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) realizou na noite desta quarta-feira (13) uma sessão solene em homenagem ao Dia do Economista. O evento foi realizado por iniciativa do presidente da casa legislativa, deputado distrital Wellington Luiz, e conduzido pelo deputado distrital João Cardoso, presidente da Comissão de Segurança, e contou com a participação da presidenta do Cofecon, Tania Cristina Teixeira. Confira as fotos do evento clicando AQUI ou pelo álbum abaixo:

Tania enalteceu a CLDF como parceira desta gestão do Cofecon e reafirmou o compromisso dos economistas de contribuir com estudos, dados, relatórios e propostas que fundamentem as políticas públicas. Citou também a importância da regulamentação da profissão, mencionando uma frase do então deputado estadual Fernando Ferrari pronunciada em 1947 na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, que afirmou que “um técnico, dentro do Estado moderno, não se improvisa”.
“No combate às desigualdades, na defesa da sustentabilidade, na construção de um país mais justo e até mesmo na recente retirada do Brasil do Mapa da Fome publicado pela ONU, existe a contribuição de uma categoria e o trabalho de profissionais comprometidos com o desenvolvimento e com o futuro”, destacou a presidenta do Cofecon. “E o futuro não é algo que simplesmente acontece: ele é moldado pelas escolhas econômicas que fazemos hoje. O trabalho de homens e mulheres que utilizam adequadamente os instrumentos fornecidos pela ciência econômica é de suma importância para construir um Brasil mais justo, sustentável e próspero, com protagonismo, diversidade e desenvolvimento”.
Ela também mencionou o Projeto de Lei 3.178/2024, que tramita na Câmara dos Deputados para atualizar a Lei 1.411 e delimitar de forma mais clara as atividades referentes à profissão. “Este é o compromisso da atual gestão do Cofecon, em que a primeira mulher assume a presidência depois de 70 anos de existência”, pontuou. “O Cofecon está aberto a discutir as questões que a sociedade tem exigido, e destaco aqui a economia internacional e os dilemas que estamos vivendo com as tarifas, o que tem gerado grandes embates. Estamos fazendo essa discussão em âmbito nacional”.
Também esteve presente na mesa de honra do evento a presidenta do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal, Luciana Acioly. “Temos um compromisso com a ética, a supervisão e a fiscalização, que é feita com o objetivo de melhorar cada vez mais a atuação do profissional economista”, afirmou Luciana. “Temos outra missão, que é colocar o Corecon-DF a serviço do cidadão e da cidadã, trazendo temas relevantes para o debate público. Neste sentido, temos tido um grande prazer em contar com parceiros como a Fecomercio, o Sebrae, a Sudeco, a Fibra e o Fórum de Desenvolvimento do Distrito Federal”.
“Quero fazer um agradecimento especial ao governador por ter nos recebido e acolhido a preocupação do Conselho com os cursos de economia e pelo empenho em criar o curso na Universidade do Distrito Federal (UnDF)”, prosseguiu Acioly. “Agradecemos também ao deputado Wellington Luiz pelo compromisso com as nossas causas, não só aquelas do Conselho como as voltadas à economia”.
Autoridades
O deputado João Cardoso, que presidiu a sessão, destacou a importância dos economistas como essenciais no desenvolvimento econômico sustentável. “Nosso objetivo hoje é reconhecer esta trajetória e os serviços prestados a toda a população do Distrito Federal e do Brasil, e estimular o diálogo e a troca de experiências entre os profissionais, autoridades e a sociedade”, comentou. “Essa oportunidade de trocar ideias é, para mim, servir e aprender. Cada evento como este amplia nossa visão de mundo”.
Agaciel Maia, secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal, foi diretor-geral do Senado e deputado distrital por três mandatos. “Antes o Legislativo apenas batia um carimbo de aprovação no orçamento que vinha do Executivo. Tivemos que criar as consultorias de orçamento, primeiro na Câmara e depois no Senado. Na consultoria legislativa do Senado, que é o órgão técnico que dá apoio aos parlamentares, existia o núcleo de educação, de saúde e outros, e criamos o núcleo econômico. Hoje temos vários consultores que são economistas e tive participação nisso quando fui diretor-geral do Senado”, recordou.
Deputado distrital por três mandatos, Agaciel destacou um projeto de lei aprovado determinando que todos os projetos de iniciativa do Executivo devem vir acompanhados de uma análise dos economistas sobre os impactos financeiros. “Tenho o sonho de aprovar algo semelhante em nível nacional, abrindo um campo não só para um universo de cem economistas, mas milhares, e que todos os governos tenham economistas que façam estes cálculos com precisão. Seria tão importante quanto a Lei de Responsabilidade Fiscal”, comentou. Agaciel também citou a transformação da Codeplan no Instituto de Pesquisa e Estatística Aplicada do Distrito Federal e destacou a mobilização do Corecon-DF contra a mudança no cálculo do Fundo Constitucional do Distrito Federal.
A superintendente da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste, Luciana Barros, destacou sua posição como primeira mulher a chefiar a autarquia. “Criamos programas voltados para mulheres empreendedoras, voltados para o cerrado e o pantanal, que conversam com a economia da nossa região, que é voltada para o agronegócio, falando do que está faltando: logística, armazenagem, irrigação e transição energética”, pontuou. “Quando passamos da teoria para a prática não é tão fácil. Temos que tomar decisões e a principal delas é pelo bem-estar social, o que é melhor para todos”.
Cláudio Amitrano, diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), falou sobre a relevância da profissão. “Quando tomei a decisão de ser economista, não imaginava o papel que tínhamos na vida da sociedade nem a importância que temos na vida e no debate público”, recordou. “O Brasil vive grandes questões que são muito complexas e demandam conhecimento técnico, uma posição ética, e a profissão tem contribuído de uma maneira importante para o debate público das questões presentes e daquilo que podemos fazer no futuro”.