Lacerda comenta cenário global e economia nacional no Jornal da Cultura 

Conselheiro federal analisou a disputa comercial entre China e Estados Unidos, a expansão do programa Minha Casa, Minha Vida e a tensão entre governo e universidades dos Estados Unidos 

O conselheiro federal Antonio Corrêa de Lacerda participou do Jornal da Cultura no dia 15 de abril. Ele fez parte da bancada, comentando as notícias veiculadas no noticiário televisivo. Ao longo da edição, ofereceu análises econômicas sobre temas de relevância nacional e internacional, como a intensificação da guerra comercial entre Estados Unidos e China, a relação entre governo e universidades nos EUA e as mudanças no programa Minha Casa Minha Vida. 

Um dos assuntos abordados foi a guerra comercial entre Estados Unidos e China, que ganhou mais um capítulo com a China proibindo as empresas locais de importarem aviões Boeing. “Se lembrarmos o que foi a globalização, ela se intensifica no final do Século XX e nas duas primeiras décadas do Século XXI. As empresas buscaram áreas de produção mais competitivas, com mão de obra barata, matérias primas abundantes e leis ambientais mais flexíveis. Elas passaram a se instalar no leste asiático”, comentou Lacerda. “Ao impor tarifas, se inviabiliza as exportações das empresas instaladas nos Estados Unidos, que querem acessar o maior mercado, que é o chinês, e também de empresas norte-americanas que produzem na China e exportam para os próprios Estados Unidos. Esta pressão já levou à criação de exceções, mas tudo isso gera uma instabilidade”. 

Outro tema econômico comentado foi a ameaça do presidente norte-americano Donald Trump de cortar as isenções fiscais da Universidade de Harvard, ao não ter atendidas suas exigências de que a instituição eliminasse os programas de cotas e inclusão. “O governo não pode interferir na gestão e no conteúdo do que se ensina, mas pode fazer uso do poder econômico, porque o Estado é um grande contratador de recursos e demandante de produtos e serviços. Cortar subsídios muitas vezes também depende do parlamento”, observou o conselheiro federal. “A posição de Harvard tem sido firme na defesa da liberdade de cátedra. E há outro impacto: nos Estados Unidos funciona bem o trinômio universidade, institutos de pesquisas e empresas. Muito da competitividade das empresas norte-americanas advém dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento nas universidades. Se interferir na base, potencialmente elas podem perder a corrida competitiva para seus pares europeus e asiáticos”. 

A expansão do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida para famílias com renda de até R$ 12 mil – a chamada “faixa 4” – permitirá que esta parcela da população consiga juros menores que os de mercado. “Vai colaborar para a redução do déficit habitacional, que no Brasil é de seis milhões de habitações, algo bastante expressivo, dando oportunidades para que a classe média também possa adquirir seus imóveis”, afirmou Lacerda. “A construção civil, por outro lado, tem valor agregado, gera emprego, renda e pagamento de impostos. Isso tende a estimular a atividade econômica”. 

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