Tania Teixeira critica aumento dos juros: “Crédito para empresas e famílias sobe”
Em matéria do portal ES Brasil, presidentas do Cofecon e do Corecon-ES apontam que taxa elevada encarece o crédito, reduz investimentos produtivos e amplia desigualdades sociais
O portal ES Brasil publicou nesta terça-feira (25) uma matéria com críticas de economistas à elevação da taxa básica de juros pelo Banco Central – um aumento de 13,25% para 14,25% ao ano. O texto traz o posicionamento da presidenta do Cofecon, Econ. Tania Cristina Teixeira, e da presidenta do Corecon-ES, Érika Leal. A decisão foi tomada na semana passada, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) se reuniu, e anunciada no dia 19.
“O aumento da taxa Selic tem efeitos diretos sobre o crescimento econômico e o mercado de trabalho. Com juros mais altos, o custo do crédito para empresas e famílias sobe, reduzindo investimentos produtivos e o consumo”, comentou Tania. “Isso pode levar a uma desaceleração ainda maior da economia num momento em que o País precisa crescer. O combate à inflação é importante, mas é preciso que seja equilibrado com estratégias que não sacrifiquem o desenvolvimento e o bem-estar da população”.
A presidenta do Cofecon disse ainda que “uma taxa de juros nesse patamar penaliza, sobretudo, os mais pobres”, e prosseguiu: “O custo do endividamento aumenta, dificultando o acesso ao crédito para pequenas empresas e consumidores que já enfrentam dificuldades financeiras. Além disso, a elevação da Selic amplia a concentração da renda, pois beneficia investidores que vivem de renda financeira, enquanto encarece o crédito produtivo. Precisamos debater alternativas que combatam a inflação sem aprofundar desigualdades sociais”.
Já a economista Érika Leal apontou que o Cofecon recorrentemente emite notas criticando a política de aumento de juros por parte do Banco Central porque entende que as taxas de juros elevadas penalizam o investimento produtivo. “É uma política para conter inflação. É divulgada com esse intuito de conter inflação, mas vai penalizar o investimento produtivo, penalizar o crescimento econômico, penalizar as famílias, que vai encarecer o custo dos empréstimos. O Conselho Federal de Economia não se furta ao debate. É um Conselho que se posiciona a favor do progresso técnico, da redução das desigualdades”, disse a presidenta do Corecon-ES.
A próxima reunião do Copom acontecerá nos dias 06 e 07 de maio. A matéria do portal ES Brasil pode ser lida clicando AQUI.