Nota Oficial do Cofecon: Governança Econômica Global

No dia 28 de agosto de 2024, diversas entidades da sociedade civil, em parceria com o Cofecon, o Corecon-DF e a Aslegis, realizaram um seminário nas dependências da Câmara dos Deputados, com o objetivo de discutir o tema “Governança Econômica Global”. O evento foi marcado por uma série de palestras e debates, reunindo especialistas renomados que abordaram questões cruciais sobre a governança global e sua relação com a economia mundial.

A mesa de abertura foi composta por importantes representantes do setor econômico e legislativo, como Paulo Dantas da Costa, presidente do Cofecon; Luciana Acioly da Silva, presidente do Corecon-DF; Heric Santos Hossoé, coordenador da Comissão de Política Econômica do Cofecon; Roberto Bocaccio Piscitelli, coordenador da Comissão de Política Econômica do Corecon-DF; Pedro Garrido da Costa Lima, presidente da Associação dos Consultores Legislativos e de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados (Aslegis); e Luiz Humberto Veiga, coordenador na Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados.

As palestras ficaram a cargo de grandes nomes como Stephany Griffith-Jones, Paulo Nogueira Batista Jr., Antonio Corrêa de Lacerda e Marcio Pochmann, que exploraram as diversas dimensões da governança econômica global e seus desafios.

A governança econômica global é caracterizada por um esforço cooperativo entre governos e outros atores, tanto governamentais quanto não estatais, com destaque para a coordenação dentro das Nações Unidas. Um ponto central desse modelo de governança é a busca por políticas que coloquem as necessidades humanas no centro da tomada de decisões. Além disso, é notável a participação de atores não estatais, como movimentos de libertação nacional, organizações não governamentais (ONGs), companhias multinacionais e organizações intergovernamentais, que desempenham papéis decisivos na formação das políticas globais. Entre as principais instituições que fazem parte dessa governança global, destacam-se a Organização das Nações Unidas (ONU), a Organização Mundial do Comércio (OMC), a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

No entanto, a governança global enfrenta desafios significativos, especialmente devido à falta de dados precisos e à escassez de incentivos para a implementação de políticas, o que é mais pronunciado em países e regiões menos desenvolvidas. Isso dificulta a coordenação eficaz entre os países e a implementação de estratégias que possam garantir o desenvolvimento econômico global de maneira equitativa.

Por sua vez, a governança financeira, que é um aspecto fundamental dentro da governança global, envolve um conjunto de políticas, regulamentações e práticas voltadas para a organização, administração, fiscalização e desenvolvimento dos sistemas financeiros. Nos fóruns internacionais, são constantes as discussões sobre as inter-relações entre os países e sobre o futuro dos sistemas monetários e financeiros. Essas discussões impactam diretamente a economia global e, por conseguinte, os mercados financeiros.

No contexto brasileiro, o Banco Central desempenha um papel crucial ao monitorar os impactos das políticas econômicas internacionais sobre a economia do país. Esse acompanhamento é fundamental para garantir a melhor condução da política econômica interna e manter o Brasil alinhado com as principais questões da economia global, adaptando-se às mudanças e aos desafios impostos pela governança econômica global.

Esse seminário, promovido pelo Cofecon, Corecon-DF e Aslegis trouxe à tona a importância da cooperação internacional e da implementação de políticas financeiras e econômicas eficazes para enfrentar os desafios globais. A discussão sobre governança econômica global e seus impactos é vital para o desenvolvimento sustentável e a estabilidade financeira internacional.

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