Podcast Economistas: O papel dos Núcleos de Perícia no fortalecimento da atuação do economista
Como os Conselhos Regionais de Economia impulsionam a carreira de perito econômico-financeiro?
Está no ar um novo episódio do podcast Economistas e nesta semana nós temos o último episódio da série sobre perícia econômico-financeira, um campo de trabalho em franca expansão para os profissionais economistas. O tema de hoje é a atuação dos Núcleos de Perícia nos Conselhos Regionais de Economia, e quem fala a respeito são os economistas peritos Vilma Guimarães e Tiago Jazynski. O podcast pode ser escutado na sua plataforma favorita ou no player abaixo:
Em áreas bastante diversas, que vão desde cálculos de indenização até avaliação de valores patrimoniais, o economista perito atua para fornecer análises técnicas, apoiando a justiça e assegurando que as decisões sejam fundamentadas em dados precisos e metodologias reconhecidas. Além disso, as recentes reformas trabalhista e da previdência e as mudanças à vista no cenário tributário aumentam a demanda por profissionais capazes de calcular os impactos econômicos.
Diversos Conselhos Regionais de Economia possuem, em suas estruturas de comissões e grupos de trabalho, os seus núcleos de perícia. Mas o que eles podem fazer para fomentar o mercado de trabalho do economista nesta área?
No Conselho Regional de Economia do Distrito Federal o Núcleo de Perícias foi instituído no dia 7 de fevereiro de 2020 e tem, entre seus propósitos, o de proporcionar aos peritos um programa continuado de acompanhamento e aperfeiçoamento acadêmico e ferramental. Mas antes mesmo da instituição, o Regional já promovia eventos nesta área. O primeiro Fórum de Perícia Econômico-financeira foi realizado em novembro de 2018. A economista Vilma Guimarães atuou na organização daquele evento e, na sua avaliação, é preciso um esforço no sentido de fazer com que o Poder Judiciário conheça o trabalho dos economistas.
“Na região Centro-Oeste precisamos fazer uma aproximação maior com o Judiciário para mostrar as competências e habilidades que nós temos, ou a nossa habilitação para realizar algumas perícias que são direcionadas a outros profissionais”, comenta Vilma. “Um dos meios que usamos para fazer isso é realizar Fóruns ou Encontros de Perícia e convidar magistrados para que possam estar presentes. Aqui em Brasília nós podemos fazer uma maior aproximação e o nosso Núcleo de Perícia vem procurando fazer esta aproximação para abrir mais este mercado de trabalho para os economistas”.
Vilma chama a atenção para o fato de que o regimento do Núcleo de Perícias do Corecon-DF tem como um de seus objetivos disponibilizar à sociedade civil e ao Poder Judiciário economistas aptos para a prestação de serviços qualificados na área de perícia judicial e assistência técnica em temas econômicos e financeiros.
E são várias as ações que um Corecon pode fazer neste sentido. Elas passam por cursos, seminários, palestras e encontros e também abrangem parcerias com outros Conselhos profissionais e com institutos de pós-graduação, além de buscar a aproximação com o próprio Poder Judiciário para demonstrar as áreas em que os economistas estão habilitados para atuar como peritos.
“Nós realizamos todos os anos, pelo menos duas vezes, o curso de introdução à perícia econômico-financeira. Neste ano também realizaremos cursos na área de perícia trabalhista e bancária, trazendo uma formação para quem quer entrar no mercado de trabalho”, afirma Vilma. “Também realizamos fóruns e webinários sobre perícia econômico-financeira com a presença de representantes da OAB e do Poder Judiciário. Dentro do Eneoeste realizamos um Fórum de Perícia, buscando justamente essa aproximação”.
Outro Corecon que tem um Núcleo de Perícia bastante forte é o do Paraná. Ali o trabalho é um pouco mais antigo e o grupo também reúne outras atividades, como mediação e arbitragem, auditoria e recuperação judicial. Mas em um aspecto o trabalho é semelhante ao do Corecon-DF: no princípio de que a capacitação é fundamental para que o economista ocupe este espaço no mercado de trabalho, e o Conselho Regional de Economia tem um papel muito importante neste sentido.
“Nós estamos completando 20 anos do Núcleo de Perícia no Paraná. Ele sempre foi bastante ativo, temos atividades constantes de cursos, semanas de perícia, eventos de capacitação e inúmeras atividades para levar informação e conhecimento para os nossos economistas”, observa o economista e perito Tiago Jazynski. “Creio que o Conselho tem um papel importante de fiscalização, mas também tem uma atuação fundamental para fortalecer o mercado de trabalho”.
O Corecon-PR realiza, pelo menos uma vez ao ano, um curso de capacitação com uma carga um pouco maior (60 horas ou mais) para preparar economistas e estudantes para o mercado de perícia. “Neste ano estamos encerrando dois cursos simultaneamente: um online, no formato de ensino a distância, e outro presencial no interior do estado, na cidade de Campo Mourão. Ali são basicamente estudantes de economia fazendo o curso, e assim trabalhamos na capacitação dos nossos profissionais aqui do estado do Paraná.
Webinário
O Cofecon realizou nos dias 28 a 30 de outubro um webinário sobre o mercado de perícia econômico-financeira nas cinco regiões do Brasil e a atuação dos núcleos de perícia dos Corecons. Confira o conteúdo nos links:
Mercado de trabalho da perícia nas regiões Norte e Sul – https://youtube.com/live/pakQAH1ECiU?feature=share
Mercado de trabalho da perícia nas regiões Nordeste e Sudeste – https://youtube.com/live/qHX0-SwFsVw?feature=share
Mercado de trabalho da perícia na região Centro-Oeste – https://youtube.com/live/amNkJbJTM_E?feature=share