Como as desigualdades de gênero, raça e social afetam o mercado de trabalho?

Lucilene Morandi e Shirley Basílio são as economistas convidadas para discutir o assunto no dia 14/03, às 17 horas. Evento será híbrido e inscrições são gratuitas 

Quando pensamos em desigualdade no Brasil, imediatamente vem à mente o tema da desigualdade social. Recentemente, em entrevista à TV Aparecida, a economista Flávia Vinhaes, vice-presidente do Cofecon, referiu-se a ele como “o principal problema do Brasil”. Mas este não é o único tipo de desigualdade existente na economia.  

Existem outros, como a desigualdade de gênero e a de raça. De que maneira elas impactam a capacitação das pessoas e sua inserção no mercado de trabalho? Que tipo de políticas públicas são necessárias para enfrentar todas estas desigualdades? Estes e outros assuntos serão tema do debate “Reflexos das desigualdades de gênero, raça e social no mercado de trabalho”, organizado pela Comissão Mulher Economista e Diversidade, com apoio do Corecon-DF e Corecon-BA. Participam como debatedoras, as economistas Lucilene Morandi, professora associada da Universidade Federal Fluminense, e Shirley Basílio, especialista em governança corporativa. A apresentação será feita pela conselheira federal Teresinha de Jesus Ferreira da Silva, coordenadora da Comissão, com comentários das economistas Isabel Ribeiro (presidente do Corecon-BA) e Luciana Acioly (presidente do Corecon-DF).  

O evento, realizado como parte das atividades comemorativas do Dia Internacional da Mulher, acontecerá no dia 14 de março, às 17 horas, na sede do Cofecon (Setor Comercial Sul Quadra 02 Bloco B – 5º Andar – Edifício Palácio do Comércio – Brasília, DF) e terá transmissão ao vivo. Inscreva-se AQUI e garanta o Certificado de Participação. (Poderão participar até 50 pessoas de forma presencial e não há limite de vagas para participação online.)

Desigualdades 

Em palestra realizada pela Comissão Mulher Economista e Diversidade no ano passado, a ministra Esther Dweck apresentou uma série de dados sobre desigualdade de gênero, tais como a baixa participação das mulheres nas áreas de ciência e tecnologia e como candidatas nas eleições realizadas entre 2016 e 2022, além da diferença salarial existente entre homens e mulheres. Um estudo divulgado no dia 05 de março pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), mostra que a disparidade salarial entre homens e mulheres foi reduzida em 6,7 pontos percentuais na última década – o índice subiu de 72,0 (2013) para 78,7 (2023), sendo que quanto mais próximo de 100, maior a paridade salarial. 

A desigualdade racial também tem um impacto significativo na economia brasileira. Embora a população negra (pretos e pardos) represente 54% dos brasileiros, ela não está proporcionalmente representada nos espaços de liderança e participação. Além disso, representa uma parcela bastante expressiva da população mais pobre, é mais afetada pela informalidade e recebe pouco mais da metade do rendimento médio da população branca. 

As palestrantes 

Lucilene Morandi é graduada em economia pela Universidade Federal do Espírito Santo (1984), com mestrado em economia pela Universidade Federal Fluminense (1997) e doutorado em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004). Atuou como docente na PUC-RJ e foi coordenadora do curso de economia da Universidade Cândido Mendes. Também foi pesquisadora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Econômico (PNUD). Atualmente é professora da Universidade Federal Fluminense.  

Shirley Basílio é graduada em Economia pela FEFASP, com MBA em Gestão de Negócios Bancários/FAAP e Gestão Empresarial/FGV, Governança Corporativa/IBGC e Gestão de Riscos e Auditoria em Compliance pela FIA Business School e mais recentemente Introdução à Avaliação de Empresas/FGV. Experiência nas áreas Financeira, Controladoria e Governança Corporativa, Atualmente, consultora financeira independente e conselheira suplente do Corecon-SP.

 

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