Cofecon e Fenecon participam de audiência no BNB

Em audiência com o presidente do Banco do Nordeste do Brasil, o economista Marcos Costa Holanda, dirigentes do Conselho Federal de Economia (Cofecon) e da Federação Nacional dos Economistas (Fenecon) propuseram mudança no atual sistema de análise dos pedidos de financiamento, que tem restringido o trabalho dos economistas que atuam como projetistas. O encontro, realizado no dia 16 de dezembro em Fortaleza, atendeu reivindicações dos Conselhos Regionais de Economia e Sindicatos de Economistas do Nordeste.

A partir de 2014 o BNB eliminou a necessidade de apresentação de projeto de viabilidade econômico-financeira pelas micro e pequenas empresas para contratação de financiamentos de longo prazo. Essa decisão vem gerando reclamações dos economistas conscientes da necessidade de apresentação desse estudo, até pouco tempo adotado pelo Banco, para subsidiar a aprovação de financiamento, considerando que a grande maioria das operações é de até 12 anos. Com isso, o processo de concessão de crédito de longo prazo a essas categorias empresariais ficou vinculado à existência de um limite de risco cliente LRP, calculado pela metodologia do credit scoring.

Durante a audiência foi proposto que o Banco volte a exigir os estudos de viabilidade econômica toda vez que essa metodologia limitar o acesso ao crédito, sobretudo para os casos de projetos de implantação, servindo também para mitigar os riscos das operações. O presidente do Banco se comprometeu em estudar o assunto e brevemente formalizar sua resposta.

O Cofecon foi representado pelo vice-presidente, Júlio Miragaya, que assume a presidência da autarquia em 1º de janeiro de 2016, e a Fenecon pelo vice-presidente da entidade, Edson Roffé Borges. Também estiveram presentes o presidente do Corecon-CE, Allisson Martins; o diretor do Sindecon-CE, Joacy Leite; o vice-presidente do Corecon-RN, Ricardo Valério Menezes; o diretor do Sindecon-RN, Davi Queirós Medeiros, além de outros diretores do BNB.