Aquino comenta impacto do aumento do salário mínimo nos gastos públicos

O economista, que é integrante da Comissão de Política Econômica do Cofecon, não vê risco de explosão nos gastos públicos. “Precisamos ter uma administração de gastos e receitas para evitar reações exageradas”, comentou

O economista Fernando de Aquino Fonseca Neto, integrante da Comissão de Política Econômica do Cofecon, foi um dos economistas ouvidos pelo portal Brasil 61 para falar sobre a correção do salário mínimo e a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A estimativa é de que estes fatores causem um impacto de R$ 51,2 bilhões nas contas públicas.

Aquino falou que o endividamento público tem se mantido sob controle há vários anos e que não vê o risco de uma explosão fiscal. “A situação de overshooting [movimento do mercado que ultrapassa pontos de equilíbrio esperados] e as reações do mercado, em geral, têm um impacto desfavorável sobre a economia real”, comentou o economista. “Precisamos ter uma administração de gastos e receitas públicas para evitar essas reações exageradas”. Aquino acredita que os gastos previdenciários podem ter uma trajetória explosiva no longo prazo e que, por isso, há tempo para realizar ajustes.

O salário mínimo é usado como referência para os benefícios da Previdência Social, seguro-desemprego e abono salarial do Pis/Pasep. O INPC é utilizado para corrigir os benefícios previdenciários acima de um salário mínimo.

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