Artigo – Brasília, 3 milhões

No próximo domingo, 4 de dezembro, a população do Distrito Federal, segundo o IBGE, superará a marca dos três milhões de habitantes. Instituído em 1956 e formado por terras dos municípios goianos de Planaltina, Luziânia e Formosa, o Distrito Federal, já em 1957, tinha 12.283 habitantes, segundo censo específico realizado pelo IBGE.

Levou 22 anos para o Distrito Federal chegar a 1 milhão de habitantes, em 1978. Já a marca de 2 milhões de pessoas residindo no quadrilátero demorou 21 anos e foi alcançada em 1999. E agora, 17 anos depois, atingimos o patamar de 3 milhões de habitantes. Ainda que em processo de desaceleração, como no restante do País, a população do DF cresce cerca de 60 mil pessoas a cada ano, taxa média de 2% anuais, exatamente o dobro da taxa de crescimento da população brasileira, de 1% ao ano (2 milhões de pessoas/ano). É provável que a população do DF alcance a marca de 4 milhões em 2036.

Já a nossa periferia metropolitana, formada por 12 municípios goianos conurbados ou em processo de conurbação com o DF, está alcançando a marca de 1,2 milhão de habitantes. Seu ritmo de crescimento é ainda mais acelerado, perto de 3% ao ano, ou o triplo da média nacional. Dessa forma, a Área Metropolitana de Brasília (AMB), com 4,2 milhões de habitantes, disputa a condição de 4ª mais populosa metrópole brasileira com Porto Alegre e Recife, só superadas pelas regiões metropolitanas de São Paulo (21 milhões de habitantes), Rio de Janeiro (12,5 milhões) e Belo Horizonte (5,5 milhões).

Mas já em 2025, nossa área metropolitana juntar-se-á ao clube das 100 metrópoles mundiais com população acima de 5 milhões de habitantes, sendo 3,5 milhões no DF e 1,5 milhão na periferia metropolitana. É de se esperar que tenhamos diversificado nossa estrutura produtiva de forma a gerar empregos para esta população adicional e gerar receita para atender as demandas por serviços públicos nas áreas de saúde, educação, saneamento, habitação e urbanização, que crescerão de forma acentuada.


Júlio Miragaya é Presidente do Conselho Federal de Economia