Faleceu Roberto Saturnino Braga, ex-presidente do Centro Celso Furtado

Ele tinha 93 anos e deixa três filhos. Com vasta atuação política, foi vereador e prefeito do Rio de Janeiro, além de deputado federal e senador

Faleceu nesta quinta-feira, aos 93 anos, Roberto Saturnino Braga, ex-presidente do Centro Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento. Ele estava internado no Hospital Pró-Cardíaco, na cidade do Rio de Janeiro. Deixou três filhos: Maria Adelia, Bruno e Antonio Frederico.

O Cofecon expressa suas condolências aos familiares e amigos, bem como aos que tiveram a oportunidade de conviver com este notável profissional e homem público.

Trajetória

Saturnino teve atuação no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (atual BNDES) na década de 1950 e também esteve na Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), onde foi aluno de Celso Furtado.

Saturnino teve vasta atuação política, tendo sido senador pelo estado do Rio de Janeiro entre 1975 e 1985 e entre 1999 e 2006. Também desempenhou os cargos de deputado federal entre 1963 e 1968, prefeito do Rio de Janeiro entre 1986 e 1988 (o primeiro a ser eleito depois da redemocratização) e vereador de 1997 a 1999.

Participação na posse do Cofecon

Em 2020, na condição de diretor-presidente do Centro Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento (cargo que desempenhou por dois mandatos), Saturnino esteve na solenidade de posse da nova presidência do Conselho Federal de Economia. Naquela ocasião festiva o Cofecon instituiu o Ano Celso Furtado, em homenagem ao centenário do célebre economista.

Na ocasião, ele contou a história da criação do Centro. “O presidente Lula, meses depois que Celso Furtado faleceu, procurou a viúva, Rosa Freire d’Aguiar, e expressou não só a tristeza da perda, como o desejo de dar continuidade ao pensamento de Celso Furtado sobre desenvolvimento, sobre economia brasileira, o pensamento riquíssimo que mudou o modo de pensar dos brasileiros a respeito de seu próprio país, e disse que era preciso criar um instituto”, afirmou Braga.