Economistas devem ter um entendimento global da economia, afirma Paulo Dantas

Em reunião com bastonário da Ordem dos Economista de Portugal, presidente do Cofecon mencionou sobre a importância de trocar experiências e estar atento à realidade internacional 

O presidente do Cofecon, Paulo Dantas da Costa, e o conselheiro federal Antonio Corrêa de Lacerda reuniram-se nesta sexta-feira (12) com o bastonário da Ordem dos Economistas de Portugal, António Mendonça. O encontro ocorreu de forma virtual, por meio da plataforma Zoom.

Na ocasião, foram tratados alguns temas referentes à cooperação entre as duas entidades e ao Fórum dos Economistas da Associação Lusófona de Economia, encontro que será realizado no dia 27 de setembro de 2024, em Lisboa, Portugal. Para a sessão de encerramento está prevista a presença do presidente daquele país, Marcelo Rebelo de Sousa. Também está proposto um encontro entre representantes das entidades profissionais de economistas dos vários países.

“Vemos com bons olhos esta aproximação. É muito importante a participação dos representantes de cada entidade”, expressou o presidente do Cofecon, Paulo Dantas da Costa. “Levarei uma fala sobre as entidades que atuam nas atividades relacionadas à profissão de economista. Tenho certeza de que as estruturas que temos no Brasil, de Conselhos e Ordens, foram assimiladas de Portugal”.

O bastonário da Ordem dos Economistas de Portugal apontou para a necessidade de cooperação verdadeira entre os países. “É importante que consigamos passar do discurso de povos irmãos e história em comum para ações concretas. Neste sentido, espero que a relação do Cofecon com a Ordem dos Economistas de Portugal possa abrir esta possibilidade”, expressou Mendonça. “Temos um potencial muito grande para explorar em vários níveis, no âmbito das Ordens, em termos de intercâmbio profissional e de reconhecimento dos títulos”.

Paulo Dantas mencionou que os economistas devem ter um entendimento global em relação à economia. “Há coisas novas que estão acontecendo no âmbito da ciência econômica e precisamos explorar, e só conseguimos fazê-lo se conversarmos uns com os outros e apresentarmos nossas opiniões”, comentou o economista. “Estou muito atento à realidade das relações econômicas internacionais, especialmente das movimentações cambiais. Ficamos muito ligados à visão de Keynes de que cada país é um país, mas hoje o próprio objeto da ciência econômica se transformou”.

Mendonça destacou ainda a importância do Brasil na economia mundial (“tem um peso no âmbito dos BRICS e no sul global”) e afirmou que a cooperação entre os países gera não apenas uma soma, mas uma multiplicação. “Penso que podemos aproveitar isso em vários níveis para nossas relações, inclusive em outros planos como o político, empresarial, econômico e até da própria importância que os economistas têm perante a sociedade”, concluiu o bastonário.