XXV CBE: Economistas realizam Fórum de Perícia, Mediação e Arbitragem
Tem crescido muito a participação do profissional economista na solução de conflitos, seja atuando junto a uma das partes, seja auxiliando o Poder Judiciário ou mesmo participando de processos de mediação e arbitragem
Um dos eventos realizados de forma paralela ao XXV Congresso Brasileiro de Economia, que teve lugar em Sâo Luís nos dias 07 a 09 de novembro, foi o Fórum de Perícia, Mediação e Arbitragem. O evento ocorreu no dia 09 de novembro, teve quatro palestras principais, foi coordenado pela conselheira federal Maria de Fátima Miranda e moderado pelo presidente do Corecon-SP, Pedro Afonso Gomes.
André Koerich abordou o tema dos métodos de avaliação de empresas, uma tarefa bastante desafiadora que envolve muito conhecimento e análise. Este processo é conhecido como valuation e é fundamental para investidores, empreendedores e profissionais financeiros. “Valuation é o processo de estimar uma empresa, determinando seu valor justo tangível e intangível. Mas que intangível é esse? Eu só enxergo o patrimônio. Mas ela não vale só isso. Ela tem a possibilidade de ter um intangível”, comentou. “Podemos avaliar uma empresa por quatro métodos básicos: valor de mercado, para empresas de capital aberto, mas também outras formas para empresas de capital fechado, como patrimônio líquido real ajustado, fluxo de caixa descontado e o fundo de comércio.
Tiago Jazynski falou da perícia trabalhista, área em que atua, dizendo que seu objetivo era desmistificar quem atua em Perícia, mas não opta pela Trabalhista e, ao mesmo tempo, incentivar que os economistas ingressem nesta área. Ele abordou a perícia judicial e extrajudicial, o cálculo judicial trabalhista, as falências e a recuperação judicial. “Ao contrário do que muitos pensam, a liquidação não é mero procedimento de extração do conteúdo formal da sentença, existindo em tal fase, algo de cognição e interpretação”, disse.
Claudio Luiz Romero Balreira abordou os cálculos de perdas e danos e de lucros cessantes. Perdas e danos referem-se a prejuízos sofridos por uma pessoa ou entidade, seja de natureza material, financeira ou até mesmo emocional. “Lucros cessantes são uma categoria específica de perdas e danos, referentes ao lucro que uma parte deixa de obter em determinadas situações”, explicou.
Angeliz Suckow atua na área de mediação e arbitragem e falou sobre como este pode ser um campo de trabalho importante e um diferencial profissional para os economistas. “Como a maioria dos conflitos transitam neste universo financeiro, a petição envolve valores financeiros, o economista tem uma facilidade de traduzir aquilo para as pessoas que estão envolvidas nos processos, tanto de mediação quanto de arbitragem”, comentou. Ela abordou os métodos de resolução de conflitos e as principais aplicações da mediação e o que o economista deve saber sobre mediação e arbitragem, incluindo princípios e fundamentos, convenções, leis, sentenças,