Trabalho de economistas permite devolução de US$ 44 milhões à prefeitura de São Paulo
Odilon Guedes, vice-presidente do Corecon-SP, era vereador e contou com time de economistas para identificar superfaturamento nas obras do Túnel Ayrton Senna. Acordo para devolução de valores desviados foi firmado em janeiro
No mês de janeiro a prefeitura de São Paulo e o Ministério Público estadual assinaram um acordo que prevê a devolução de 44 milhões de dólares aos cofres públicos, desviados por ocasião de obras como o Túnel Ayrton Senna. O vice-presidente do Conselho Regional de Economia de São Paulo, Odilon Guedes, gravou na última semana um vídeo para a TV economista, no qual falou sobre a importância do economista na fiscalização do orçamento público.
“É importante trazer esta notícia porque naquela ocasião eu era vereador na cidade de São Paulo, era membro da Comissão de Finanças e Orçamento da Prefeitura Municipal. Tinha uma equipe com economistas altamente especializados e nós detectamos este superfaturamento no caso do Túnel Ayrton Senna”, comentou Guedes. “Fizemos um estudo na época mostrando que cada quilômetro do Túnel Ayrton Senna custou o dobro do quilômetro do túnel construído sob o canal da mancha, inaugurado à época”.
A ação civil pública foi proposta pelo Ministério Público de São Paulo após intensas investigações, em 2001. “Agora houve esta homologação e a cidade vai receber o dinheiro. “A importância da notícia está em mostrar o papel do economista na fiscalização das contas públicas. Nós, do Corecon, estamos preparando uma campanha de transparência no orçamento junto às prefeituras do estado de São Paulo, buscando torna-lo cada vez mais transparente, porque é um dinheiro que todos pagamos em forma de tributo e temos o direito de fiscalizar e saber onde está sendo empregado”.
O vídeo pode ser assistido no player abaixo: