Banco universal contemporâneo: instrumento estratégico para promover o desenvolvimento
Por Cézar Manoel de Medeiros
Este artigo procura enfatizar a importância dos bancos, ou conglomerados financeiros, denominados Bancos Universais Contemporâneos, como motores da promoção do desenvolvimento econômico e da redução das desigualdades regionais e sociais, em lugar do enfoque que os considera meros intermediários de fluxos financeiros entre poupança e investimentos, e de prestação de serviços inerentes à circulação de mercadorias.
O papel dos bancos como instrumentos estratégicos para promover o desenvolvimento tem sido destacado por vários autores, entre os quais: Keynes, que ressalta o papel dos bancos para promover o investimentos independentemente da constituição de poupança prévia; Schumpeter, que considera os bancos como Estado Maior do Sistema Capitalista; e Hilferding, que cria a expressão Bancos Universais para destacar parcerias acionárias cruzadas, tanto entre bancos e empresas quanto entre empresas e bancos que envolvem um processo de elevação e diversificação de transações financeiras.
Neste sentido, Minsky detalha situações financeiras das empresas em relação aos seus níveis de endividamento, principalmente junto aos bancos:
1- de plena cobertura, que diz respeito à capacidade empresarial para cumprir compromissos com amortizações e com juros;
2- intermediária, que considera a situação em que a empresa gera superávits financeiros suficientes apenas para arcar com os juros, mas necessita manter total, ou parcialmente, o nível da dívida;
3- de fragilidade financeira, que se refere à incapacidade empresarial, tanto para arcar com os juros, quanto para amortizar seu endividamento. Esta situação financeira da empresa envolve a necessidade extrema de elevar seu nível de endividamento para evitar o encerramento de suas atividades operacionais.
Para ler a matéria na íntegra, acesse a edição de setembro da Revista Economistas: