Simplesmente não paga, propõe economista de Ciro para acabar com o orçamento secreto

Matéria publicada originalmente na Carta Capital, sobre as propostas apresentadas durante o Seminário de Assessores Econômicos dos Presidenciáveis 2022, realizado pelo Cofecon, Corecon-DF e Fórum pela Redução da Desigualdade Social, em 15 de setembro. 

Nelson Marconi criticou o Teto de Gastos e sugeriu uma reforma fiscal já no início do próximo governo.

O economista Nelson Marconi, que assessora a campanha de Ciro Gomes (PDT) à Presidência, afirmou nesta quinta-feira 15 que em um eventual governo do pedetista não haverá o chamado orçamento secreto, manobra usada para destinação de verbas públicas a a projetos sem a identificação dos parlamentares beneficiados.

“É essencial no primeiro dia degoverno acabar com o orçamentosecreto”, defendeu o economista. “Já me perguntaram como fazer. Simplesmente não pago e acabou”.

Marconi participou em Brasília de umseminário com assessores econômicosdos candidatos para apresentar osprogramas de governo. O evento é organizado pelo ConselhoFederal de Economia (Cofecon), Conselho Regional de Economia do Distrito Federal (Corecon-DF) e Fórum Nacional pela Redução da Desigualdade.

No evento, o economista tambémcriticou o Teto de Gastos e propôsuma reforma fiscal que envolvacomponentes tributários, de despesase previdenciários. Para ele, para se tero teto de despesas é preciso excluir os investimentos da conta.

“Temos que ter uma regra de controle das despesas. Pode ser crescimento do PIB, mas não está fechado”, mencionou. “Temos que ter mecanismos de controle da dívida. Só com isso também conseguimos controlar a despesa com juro”. 

O assessor ressaltou ainda que o histórico de Ciro como ex-ministro e ex-governador não deixa margem para dúvidas sobre seu fiscal. 

Participaram do evento, além de Marconi, Carlos Arthur Newlands Junior, da candidata Sofia Manzano (PCB), Guilherme Mello, assessor de Lula (PT) e Eduardo Almeida, da campanha de Vera Lúcia (PSTU).