Juros altos e economia em desaceleração pioram o cenário para 2022
O presidente do Cofecon, Antonio Corrêa de Lacerda, foi ouvido pela Carta Capital em matéria que aborda a piora do cenário esperado para a economia em 2022. A inflação e os juros altos são as principais causas da deterioração nas expectativas. Lacerda projeta um crescimento de 4,6% em 2021 (pouco acima da queda de 4,1% em 2020) e de 1% em 2022.
“As pressões inflacionárias têm aumentado, elevando o custo de produção das empresas e reduzindo fortemente a capacidade de consumo da população. A fome, a vulnerabilidade social, a pobreza e a desigualdade vêm crescendo. Esta situação, além de dramática do ponto de vista social, restringe sobremaneira a capacidade de demanda agregada do País, reduzindo o potencial crescimento da Economia”, avaliou o presidente do Cofecon. Ainda conforme a publicação, ele citou o avanço da inércia inflacionária e a continuidade de uma política monetária restritiva como entraves para a recuperação econômica.
Lacerda também falou de forma específica sobre o câmbio – a alta do dólar tem contribuído para elevar a inflação. “Contamos com uma acomodação dos índices em 2022, mas o câmbio seguirá pressionado pela volatilidade dos preços das commodities do mercado internacional, juros e inflação. A crise institucional e o ano eleitoral abrirão espaço para ações defensivas e mesmo especulativas, causando instabilidade nos preços dos ativos”.
A matéria publicada pela Carta Capital pode ser lida clicando AQUI.