Cofecon lamenta o falecimento do economista Carlos Lessa
É com grande pesar que o plenário do Cofecon, reunido nesta sexta-feira, 5 de junho, tomou conhecimento da morte do economista Carlos Lessa. Segundo relato da família, Lessa faleceu aos 83 anos em decorrência do novo coronavírus e deixa três filhos e netos, a quem o Cofecon presta os mais sinceros sentimentos. Por causa da pandemia de Covid-19, haverá uma cerimônia virtual para despedida.
O filho Rodrigo Lessa lamentou o falecimento em uma rede social, destacando o legado do pai para o País. “Foi um exemplo de amor incondicional pelo Brasil, coerência e honestidade intelectual, espírito público, um professor como poucos e uma alma generosa que sempre ajudou a todos que podia quando estava a seu alcance, um grande amigo. Que descanse em paz”.
Formado em Ciências Econômicas pela antiga Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi mestre em Análise Econômica pelo Conselho Nacional de Economia e doutor pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Comprometido com a profissão de economista, contribuiu ativamente com o Sistema Cofecon/Corecons, sendo conselheiro federal em 1984 e presidente do Conselho Regional de Economia do Rio de Janeiro (Corecon-RJ) em 1992.
Autor de diversos livros, teve atuação destacada na área econômica e combateu a ditadura militar, tendo sido exilado no Chile após o Golpe de 1964. Entre as atuações de destaque em sua brilhante carreira, foi reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2002; presidente do BNDES em 2003; foi um dos fundadores do Instituto de Economia do RJ (IERJ) e auxiliou a fundação do Instituto de Economia da Unicamp; foi economista do Instituto Latino Americano de Planificación Económica e Social da ONU; e consultor da Fundação para o Desenvolvimento da Administração Pública de São Paulo.
Ao lamentar a perda irreparável, o Cofecon reconhece a brilhante trajetória e os valores que sempre nortearam a conduta deste economista que, sem dúvida, dignificou a nossa profissão e contribuiu para o desenvolvimento do nosso País.