Após o sucesso da primeira live com três das indicadas ao prêmio Mulher Transformadora 2021, o Cofecon receberá, no dia 8 de novembro, outras três concorrentes: Nelsa Nespolo, Maria Casé e Neli Medeiros. O evento acontecerá às 17 horas, com transmissão pelo canal do Cofecon no YouTube, será mediado pelo Economista Anderson Oriente e terá a apresentação da vice-presidente da autarquia, Denise Kassama.

Para Kassama, que é uma entusiasta da economia solidária, cada uma delas, à sua maneira, constrói uma forma de tornar o mundo melhor dentro da sua área de influência. “A economia solidária se apresenta como uma alternativa viável para a geração de renda e riqueza durante a pandemia, quando muitos dos canais da economia tradicional foram interrompidos”, comenta a vice-presidente. “Mais do que premiar as mulheres que lideram trabalhos sociais que geram renda e dignidade aos participantes, queremos inspirar outras mulheres, em diferentes setores, a transformar vidas, realizar sonhos, construir pontes e proporcionar dignidade à população mais vulnerável.”, completa Denise.

O prêmio é organizado pela Comissão da Mulher Economista, com apoio do Grupo de Trabalho Responsabilidade Social e Economia Solidária.

Nelsa Nespolo

Nelsa Nespolo nasceu em Nova Pádua, Rio Grande do Sul, em 1963. É presidente da Cooperativa de Costureiras Unidas Venceremos, da qual foi uma das criadoras em 1996, e também da Cooperativa Central Justa Trama, criada por ela em 2005, abrangendo as cinco regiões do Brasil e englobando toda a cadeia de produção desde o plantio do algodão, a fiação, a tecelagem, a confecção, a produção de adereços de sementes e a comercialização.

Nelsa também fez parte da criação da Unisol Brasil – Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários -, da qual foi vice-presidente de 2015 a 2018 e atualmente é secretária-geral. Foi finalista do Prêmio Claudia 2019. Publicou os livros “Tramando Certezas e Esperanças” (2014) – que tem apresentação de Paul Singer e está disponível gratuitamente no site da Justa Trama – e “As Tramas da Esperança” (2020).

Maria Kasé

Maria Kasé nasceu numa família camponesa que vivia na comunidade Santo Antônio, em Jaicós, Piauí. Após concluir a educação primária, trabalhou como empregada doméstica para continuar os estudos, recebendo apenas teto e comida, até entrar na universidade. Militou no movimento estudantil no ensino médio em Campina Grande, Paraíba, e já na universidade, participou dos Encontros Regionais de Agricultura Alternativa – experiência que, mais tarde, a levou a fundar o MAE (Movimento Agroecológico, na Universidade Federal da Paraíba).

Em 2000 conheceu o Movimento dos Pequenos Agricultores e, desde seu retorno ao Piauí, atua na organização, chegando a ser coordenadora nacional do MPA. Durante a pandemia, o MPA tem ajudado muitos agricultores, seja organizando vendas e entregas de alimentos por meios eletrônicos, seja distribuindo alimentos onde a fome se fez sentir – como na região de Picos, Piauí.

Neli Medeiros

Neli de Sousa Silva Medeiros atua no Movimento Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (MNCR). Iniciou sua atuação em Belo Horizonte, sendo uma das fundadoras (e posteriormente presidente) da Coopersoli Barreiro, uma cooperativa de catadores e catadoras, criada a partir dos princípios do cooperativismo e da economia solidária em 2003, na capital mineira.

“Acreditamos que uma nova economia é possível. Por isso, trabalhar em cooperação e de forma solidária é um caminho interessante”, afirmou Neli em matéria publicada pelo jornal Hoje em Dia. “Funcionamos como uma empresa, porém sempre com o pensamento no companheiro, na ajuda que ele precisa para fazer a diferença, sem a necessidade de ganhar mais que o outro”, frisa.

Nísia Trindade

Além das mulheres participantes das lives nos dias 03 e 08 de novembro, também concorre ao Prêmio Mulher Transformadora 2021 a presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Nísia Trindade. Nísia nasceu em 1958, no Rio de Janeiro, e graduou-se em ciências sociais pela UFRJ. Atuou como professora em escolas públicas e particulares e obteve o mestrado pelo IUPERJ (atual Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ), com a dissertação “O movimento de Favelados do Rio de Janeiro: Políticas do Estado e Lutas Sociais”.

Ingressou em 1987 na Casa de Oswaldo Cruz, entidade técnico-científica da Fiocruz dedicada à preservação da memória e às atividades de pesquisa, ensino, documentação e divulgação da história da saúde pública no Brasil, chegando a ser diretora da entidade entre 1998 e 2005. Em 2017 tornou-se a primeira mulher em 120 anos de história a presidir a Fiocruz. Durante a pandemia, a Fiocruz realizou um acordo com a AstraZeneca para produzir no Brasil a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, tendo entregue, até agosto, mais de 90 milhões de doses.

Serviço
Live: Cofecon realiza live com mais 3 indicadas ao Prêmio Mulher Transformadora
Data: 8 de novembro, às 17h
Onde: https://youtu.be/tmzcT4fZgk8